exposição de alfredo armengol ferrés no secretariado nacional de informação, lisboa (2.1945)
Em Fevereiro de 1945, Alfredo Armengol Ferrés expôs individualmente no salão do Secretariado Nacional de Informação, em Lisboa. O pintor participou com 24 obras[1]: Retrato Mademoiselle G. (n.1), Andalusa (n.2, 16.000 escudos), Pescadores (n.3, 8.000 escudos), Cabeça (n.4, 2.500 escudos), Bailarina (n.5, 8.000 escudos), Abandono (n.6, 10.000 escudos), Cigana com jarra (n.7, 8.000 escudos), Menino com peixe (n.8, 7.000 escudos), Retrato da Senhora Armengol (n.9), Nú (n.10, 6.000 escudos), Candura (n.11, 6.000 escudos), Ciganas (n.12, 12.000 escudos), Apontamentos «Ciganas» (n.14, n.15, n.16, n.17, todos 2.000 escudos)[2], Flôres «Rosas» (n.18, 6.000 escudos, n.19 e n.20, 5.000 escudos), Flôres (n.21, n.22 e n.25 a 5.000 escudos, n.23 e n.24 a 4.000 escudos).
Em La Vanguardia española[3], Antonio Martinez Tomas informa o público espanhol do sucesso de Armengol Ferrés no público lisboeta: “Armengol se ha convertido en uno de los artistas de moda en Lisboa”. Hábil captador da figura humana, a obra retratística do artista seria cobiçada pelas “damas elegantes” da alta sociedade: “Tener un retrato hecho por los pinceles de este joven artista catalán empieza a reputarse como una prueba de buen gusto”. Para além do retrato, o domínio da cor nas suas telas resultava em paisagens igualmente procuradas: “Numerosas mansiones de gente distinguida se engalanan con sus bellas marinas de la costa mediterránea y sus cuadros de figura, de un vivo acento español”.
Mas o seu êxito em Lisboa não seria novidade, visto que, de acordo com Martinez Tomas, o pintor tinha exposto no Estoril no verão de 1944, sendo a atualidade artística da Costa do Sol durante os quinze dias da exposição. A receção teria sido tal que o pintor teria ficado por Portugal desde então, pintando sem descanso: “Todos los dias habla Armengol de regresar a España, pero todos los días los encargos que llegan a su taller improvisado le obligan a demorar el retorno a la patria. Por ahora la moda, esa gran tirana, que forja y deshace reputaciones, lo retiene aquí, prisionero de su propio éxito”.
[1] Serviço Nacional de Informação, ed., Exposição do pintor Alfredo Armengol Ferrés (Lisboa: Oficina Gráfica, Limitada, 1945).
[2] Lapso no catálogo, não há obra n.13, mas nesta lista mantiveram-se os números tal como estão no catálogo.
[3] Antonio Martinez Tomas, «Dos artistas catalanes», La Vanguardia española, 6 de Junho de 1945, 5.