I SALÃO DOS HUMORISTAS PORTUGUESES, LISBOA (5.1912)
O I Salão dos Humoristas Portugueses foi inaugurado a 9 de Maio de 1912[1], no Grémio Literário de Lisboa. De acordo com Rita Correia, do ponto de vista do impacto que a exposição teve no público, na divulgação do humorismo e dos seus novos criadores, o primeiro salão dos humoristas foi um sucesso. No entanto, entre a “classe” de humoristas, a exposição não gerou o consenso, como demonstra a ausência de alguns artistas principais do grupo, como Leal da Câmara, que realizou uma exposição autónoma, e como demonstra o “silêncio com que a generalidade da imprensa humorística voltou ao Salão”[2]. Silva Passos, na sua impressão da exposição, afirmou ser de Rafael Bordalo Pinheiro a melhor obra apresentada, dominando “ainda d’além campa”: “ainda o magicus lapis do Mestre inolvidável que nos prende a admiração n’um misto lacrimoso de saudade e de risonha evocação” [3][4].
Adolfo Castañé, cuja morada é indicada como sendo na Rua da Glória, n.73, Lisboa, participou com Os émulos da Severa (n.328, 20 escudos)[5].
[1] Silva Passos, «O Salão dos Humoristas portuguezes», A Capital. Diário republicano da noite, 9 de Maio de 1912.
[2] Rita Correia, «Salão dos Humoristas portugueses - 1a Exposição de Caricaturas», em Efemérides| I Salão dos Humoristas Portugueses: Centenário (1912-2012) (Lisboa, 30 de Março de 2012), 4.
[3] Silva Passos, «O Salão dos Humoristas portuguezes».
[4] Para mais informações sobre o I Salão dos Humoristas Portugueses, ver publicação da Hemeroteca Municipal de Lisboa sobre o seu Centenário.
[5] Grupo de Humoristas portugueses, Salão dos Humoristas portuguêses: catálogo da primeira exposição de caricaturas, em 1912 (Lisboa: Papelaria e Typographia de Baptista & Ca., 1912).